Oi contrata BofA para tentar vender ativos 

A Oi contratou o BofA Merrill Lynch para vender parte de seus ativos, informou ontem uma fonte que acompanha o processo de recuperação judicial da operadora. O plano de recuperação judicial aprovado por credores da operadora em dezembro de 2017 já previa a alienação de ativos como forma de levantar recursos para financiar operações e investimentos  da companhia. Procurados pelo Valor, a Oi a o BofA Merrill Lynch optaram por não comentar o assunto.

A lista anexada ao plano incluía a operadora angolana de telefonia móvel Unitel, a empresa Brasil Telecom Call Center e a operadora Timor Telecom, além de 46 imóveis.

O rearranjo de ativos da Oi tem potencial para liberar recursos vitais para a companhia, conforme indicam relatórios de analistas de mercado dos bancos Goldman Sachs e Santander.Em sua análise mais recente sobre o mercado de telecomunicações brasileiro, datado de 17 de dezembro, o Goldman Sachs informa que a Oi espera obter R$ 8 bilhões como resultado da venda de ativos nos próximos 12 meses.

Os recursos seriam destinados a fortalecer o caixa da operadora e a custear investimentos no negócio, segundo os analistas do Goldman Sachs. O relatório relaciona como ativos a serem vendidos: a participação da Oi na Unitel (avaliada na faixa de R$ 3 bilhões a R$ 4 bilhões), as companhias Pegasus e Metrorede (fornecedoras de infraestrutura fixa de acesso à internet), a operação de telefonia móvel em São Paulo, centros de dados, torres de telefonia móvel e imóveis (cerca de R$ 1 bilhão).

Divulgado em 20 de dezembro, o relatório do Santander sobre as perspectivas dos mercados de telecomunicações, mídia e tecnologia no Brasil em 2019 defende a cisão e a venda de ativos como um passo essencial para incrementar o valor da Oi. Assinado pelos analistas Valder Nogueira e Leonardo Olmos, o documento ressalta o valor da infraestrutura fixa da operadora, que combina redes de alta capacidade e alcance nacional.

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