Operadoras competitivas adicionam 80% das novas conexões de banda larga fixa

O crescimento da banda larga fixa no País, no primeiro semestre, foi puxado pelas operadoras competitivas. Juntas, somaram 1,153 milhão de adições líquidas no período. O montante corresponde a 80% do total de adições que foi de 1,4 milhão, um número maior comparado com o 1,1 milhão do 1º semestre de 2017.

Um dos destaques dos números revelados pela Anatel foi o aumento dos acessos por fibra ótica, boa parte implantada pelas competitivas. As adições líquidas de conexões por fibra somaram 1,076 milhão, bem superior que os 274 mil por cabo e 214 por spread spectrum.
No entanto, apesar do aumento da fibra, as conexões por xDSL ainda são maioria.

Segundo levantamento da Teleco, este tipo de acesso está perdendo participação, como fica claro no gráfico abaixo. Os acessos em fibra e cable modem, que possibilitam a oferta de velocidades mais altas, já representam 45% do total de acessos. A Teleco ressaltou em relatório que os acessos com velocidade maior que 12 Mbps representam 46% dos acessos banda larga fixa do Brasil. As conexões com velocidades entre 2 e 12 Mbps somam 33% e as com velocidade abaixo dos 2 Mbps estão em declínio, representando hoje 21%.

A Teleco apontou que o Brasil terminou o primeiro semestre deste ano com uma densidade de 14,5 acessos de banda larga fixa por 100 habitantes, o que, segundo a consultoria, é um índice baixo quando comparado aos 30% a 40% dos Estados Unidos e países da Europa Ocidental. “Mas a banda larga fixa tem avançado no Brasil sem nenhum incentivo significativo do governo, como acontece nesses países, e da pesada carga tributária. A competição tem sido o motor do crescimento”, assinalou a Teleco em relatório.