As operadoras regionais de serviços de comunicação continuam a crescer na casa dos dois dígitos, nos sete primeiros meses de 2017 responderam por 73% das novas adições da base de banda larga e já incomodam as grandes operadoras. Que começam a reagir.
“Em 2017, os provedores regionais já detinham mais de 50% dos acessos em 1.241 municípios”, observa Artur Coimbra, diretor de Banda Larga da Secretaria de Telecomunicações do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicação (MCTIC). No início deste ano, antes da arrancada no número de assinantes no semestre, a representatividade dos ISPs superava 10% da base de banda larga fixa em todos o estados da região Sul e na maioria do Norte e Nordeste. Quando desagregados os dados por municípios, o que se notava era que, em média, 24% dos acessos estavam nas mãos dessas empresas.
“Há dois anos os provedores são campeões da inclusão”, comemora Basílio Perez, presidente da Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint). Isso tem significado nos últimos dois anos um crescimento anual que oscila entre 20% a 30%, índice cobiçado por vários setores da economia que não conseguem expandir além da faixa de um dígito. E, para o executivo, a expansão deverá permanecer nesse patamar no próximo ano.