Anatel: Pauta repleta de temas estratégicos para operadoras competitivas

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A regulamentação da transição para o novo modelo das telecomunicações, com o possível fim das concessões, é tema critico que requer máxima atenção das operadoras competitivas, pois pode gerar impactos concorrenciais importantes. O plano de numeração para SCM também está em discussão e abre oportunidades para os negócios das competitivas. O 5G em pauta, ainda com várias questões cruciais para permitir o acesso das competitivas à nova era das comunicações.

Postes: A nova regulamentação entra em fase de decisão. Uma matéria longa e tortuosa que precisa mais do que nunca ser resolvida logo.

Além destes, a Anatel tem na agenda, outros assuntos que impactam as operadoras competitivas sobre os quais a TelComp está trabalhando. Acompanhe.

 

O que vai pelo mercado

O aumento de demanda por ativações, necessidades de expansão e ajustes para otimização de redes, provocados pelo aumento de tráfego, estão motivando novas contratações por várias associadas da TelComp.

Apesar das restrições de crédito no mercado bancário privado, algumas operações começam a sair, assim como captações via fundos de investimentos. Várias associadas da TelComp seguem seus planos de investimentos já com financiamentos equacionados. Negociações para M&A envolvendo competitivas seguem em pauta, porém em ritmo cauteloso, mas podemos ter novos anúncios em breve. A Copel Telecom, associada da TelComp, iniciou o seu processo. Operadoras de fibra continuam em alta. Na América Latina alguns negócios de vulto, que estavam em curso não evoluíram, mostrando que os investidores estão bem seletivos na busca de ativos na Região.

Na Europa notam-se movimentos de “desglobalização”, com grandes teles repensando negócios no exterior, para priorizar investimentos domésticos. A consolidação entre grandes teles nacionais também é uma possibilidade. A reestruturação de ativos, com separação de infraestrutura e de serviços, é outro caminho que vem sendo explorado, com objetivos de melhorar balanços e valuations, reduzir tributos e facilitar a atração de fundos de investimentos. O que vai pelo mundo, direta ou indiretamente, afeta o mercado brasileiro.

 

O novo normal

A pandemia e o regime de afastamento social criou, e rapidamente consagrou, novos hábitos na sociedade e no mundo corporativo. São mudanças marcantes e muitas delas ficarão como legado para o pós crise. O que temos em comum, é que o novo normal dependerá cada vez mais de telecomunicações, conectividade de alto padrão e tecnologia da informação.

 

Home office veio para ficar

Não de forma absoluta, mas a flexibilidade de trabalhar remotamente será incorporada ao novo normal corporativo. Economia de tempo com transporte, agilidade nas comunicações entre equipes, horários variáveis, etc. estão gerando ganhos de produtividades. Redimensionamento de espaços de escritórios, ajustes da “casa” para virar “office”, questões econômicas e trabalhistas, novos estilos e forma de liderança e a reconfiguração do trabalho em equipe, são temas que serão intensamente avaliados, mas mudanças importantes são inexoráveis.

 

Diálogo com o setor público e novas formas de cooperação

As reuniões virtuais com o setor público agora são bem frequentes. Parece que as agendas estão mais disponíveis, a participação é mais ampla, os respeito a horários, pautas, etc. tem sido a regra, o que gera produtividade.

 

Articulação entre setores e empresas

Hoje temos inúmeros exemplos de projetos conjuntos entre associações e entre empresas, para tratar de temas bem variados, que vão desde a formulação de pleitos setoriais para enfrentamento da crise, a preparação de protocolos de atuação, e mesmo o desenvolvimento de novas aplicações de tecnologias, unindo, por exemplo, bancos, industrias, consultorias, tem sido frequentes e muito produtivos. A TelComp tem participado de algumas dessas inciativas e atesta a excelência de vários destes projetos.

 

As lives estão por todo lado

Além daquelas voltadas para entretenimento, as lives profissionais inauguraram um novo e profícuo canal de comunicação. Palestras de autoridades, eventos corporativos, treinamentos in-company, campanhas promocionais, tomaram de vez a agenda das empresas e, com certeza, serão partes do novo normal.

 

Telecom cada vez mais central

As telecomunicações neste ambiente de transformação é absolutamente central. Acesso ao serviço de qualidade é indispensável. As redes residenciais agora precisam de desempenho e segurança de redes corporativas. Projetos de expansão e modernização terão que ser acelerados. É preciso um esforço articulado da sociedade para remover barreiras e deixar investimentos fluírem. Tributos, regulamentos, restrições burocráticas, precisam ser repensados.

 

A educação é o gargalo

O estudante que usava o campus de sua escola para pesquisas e atividades acadêmicas, com acesso a computadores e a à internet, agora precisa destes recursos em casa! Acesso à educação a distância será mandatório. Os professores e metodologias terão que ser repensadas para o novo ambiente. Por outro lado, certamente teremos mais alternativas para oferecer ensino de qualidade e promover a inclusão dos desassistidos de forma justa e necessária para a sociedade. Mais do que nunca precisamos investir em telecomunicações.