Edição especial MWC 2018
Barcelona em síntese
Tudo no Mobile World Congress é superlativo. Mais de 100 mil congressistas, centenas de palestrantes, CEOs das maiores empresas, stands fantásticos e lançamentos de produtos de alto impacto. Quatro dias de atividades frenéticas. Mas quais são os temas que impactarão as telecomunicações agora? Confira o nosso resumo:

Tecnologia: 5G é o tema do momento

O entusiasmo dos fabricantes, em especial dos chineses, com o desenvolvimento do 5G, que chega perto do estágio comercial, contrasta com o ceticismo da maioria das grandes teles. De um lado, os fabricantes destacam o potencial para aplicações que dependem de baixíssima latência, altas capacidades e velocidades de transmissão. Do lado das teles, não está nítido quais serão os modelos de negócios e fluxos de receitas, que justificarão os vultosos investimentos.

Aplicações

Saúde, educação, veículos autônomos e manufatura se destacam como setores com potencial para aplicações transformadoras, só possíveis no universo 5G. Realidade aumentada, robótica, inteligência artificial, alta resolução, IoT, blockchain, drones, estão entre os recursos que compõem as soluções inovadoras.

Soluções e busca de problemas?

As novas aplicações trazem soluções brilhantes, mas quais os problemas vão resolver? Não que que os problemas não existam. Sim, existem. Saúde e educação tem sempre um apelo forte pelo caráter social e alto impacto, inclusive para os menos favorecidos. Mas ainda não apareceram governos, ministros da educação, da saúde e dos transportes, por exemplo, apresentando planos de ação e orçamentos, para incorporar estas soluções e torná-las realidade. A questão que fica: de onde virá o dinheiro para realizar o potencial do mundo 5G?

Regulamentação

Com tantos dirigentes de agências presentes, a regulamentação esteve nos principais painéis de discussão: Os pontos centrais foram:
 
Agit Pai, presidente do FCC, expôs sua visão clara em torno de três temas: (1) espectro - definição de faixas de frequência, novos modelos de outorgas que maximizem o potencial de compartilhamento e custo. (2) infraestrutura - facilitar implantação de redes, reduzir preços para uso de postes, recursos públicos e leilões reversos para universalização, direito de passagem. (3) regulamentação leve, inclusive sobre neutralidade de redes, para facilitar a inovação.
 
No lado europeu, a visão da Gigabit Society se mantém, mas sem o pragmatismo americano. Na América Latina, Argentina, Colômbia, México e Peru seguem com várias ações voltadas para estímulo à economia digital como um todo, onde as telecomunicações são parte de um conjunto. Esta visão mais abrangente busca consistência de abordagem e eficácia da ação.
 
Redes neutras e múltiplas formas de compartilhamento são temas cada vez mais presentes nas discussões e podem ser alternativas para reduzir custo de investimento.

26 de março de 2018
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E as teles?

Neste momento, não há dúvida que os investimentos requeridos serão enormes. Fibra, muita fibra, antenas, micro células, transformação digital da gestão de redes e do relacionamento com cliente, substituição acelerada de infraestruturas legadas e desenvolvimento de redes orientado para a camada de serviços, compõem as agendas dos CTOs.
 
As teles americanas parecem mais entusiasmadas com o desafio, em especial, para recolocar o país na liderança digital. Na Europa, e mesmo na poderosa Coréia do Sul, o ceticismo ainda prevalece. Sem business cases claros, como partir para investimentos vultuosos?

Smartphones e fixed wireless

Um dos fatores que impõem cautela às teles é a disponibilidade de smartphones 5G. Para a maioria é aí que o jogo começa de verdade e os primeiros devem chegar em 2019. Por enquanto, é preparar as redes e esperar. Soluções fixed wireless serão o ponto de partida para algumas, mas isto não é unanimidade.

Novos modelos de negócios

Mais velocidade e serviços pelo mesmo preço é o paradigma que domina a mente do consumidor atual. Como gerar novas receitas para enfrentar custos crescentes? Criar novos serviços e fontes de receitas de serviços digitais? Nem todas as teles tem o DNA do mundo digital: Conseguirão ser competitivas neste novo ambiente? Alianças com os nativos digitais é uma alternativa? Caso positivo, como? Não está claro.

As mulheres

Várias estatísticas mostram como existe um gap significativo na inclusão da mulher no universo digital que hoje é predominantemente masculino. Isto não é razoável e algo precisa mudar.

E os menos desenvolvidos

Nos países e regiões mais desenvolvidos, o mercado de telecomunicações dá sinais de amadurecimento e estagnação. É nos menos desenvolvidos e nas regiões desatendidas onde estão as grandes oportunidades de crescimento acelerado. A inclusão do próximo bilhão de usuários da internet é o grande desafio e a oportunidade para os operadores.

Ao fim

Como desenvolver novas redes? Criar parcerias para novos modelos de negócios? Superar desafios regulatórios? São os desafios que continuam, mesmo no mundo das inovações do 5G.

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