Paralisado, satélite da Telebras entra em balanço de Temer

Luís Osvaldo Grossmann – Convergência Digital

Há dois anos como presidente, Michel Temer lançou nesta terça, 15/5, um livreto com 83 feitos supostamente de sua gestão. Entre elas, o governo festeja o lançamento do satélite geoestacionário de defesa e comunicações, sem mencionar os problemas enfrentados pela Telebras para usar o artefato.

Na mesma linha, as ações incluem menções ao Bolsa Família e a intervenção no Rio de Janeiro. Mesmo os números de emprego aparecem, apesar do desemprego acima dos 13% e o menor nível de carteiras assinadas desde 2012. Inflação baixa e reforma trabalhista também são citadas.

O satélite geoestacionário de defesa e comunicações, lançado há um ano, aparece entre os feitos da infraestrutura, ao lado de obras da transposição do Rio São Francisco e de concessões de aeroportos em quatro capitais. O satélite custou cerca de R$ 2,8 bilhões e tem a maior capacidade disponível no país em banda Ka, apropriada para conexões a internet.

O governo comemora o satélite pela promessa de conectividade em banda larga nas áreas remotas e até aqui sem acesso. Mas a nova versão dos programas de inclusão digital repousam sobre um acordo firmado entre a Telebras e a Viasat, que está sendo questionado na Justiça – e há pelo menos um mês está suspenso.