Rede privativa 5G da Ligga leva inovação à Educação

Tecnologias inovadoras com óculos de Realidade Aumentada, aulas imersivas e câmeras 360° foram possíveis com a implantação da rede privativa 5G 

A Operadora Competitiva Ligga liderou a implementação da rede privativa 5G na UniSantaCruz, com o apoio do CPQD (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações) e outros parceiros. A instituição de ensino distribuirá cerca de 4 mil SIM cards para os estudantes terem acesso aos óculos de Realidade Aumentada, reconhecimento facial para liberação de acesso, check-in e registro de presença automáticos depois do acesso.

Os óculos de Realidade Aumentada e imersivos conectados por 5G permitirão aulas inovadoras, explica Gustavo Correa Lima, Gerente de Soluções de Conectividade do CPQD. “São possíveis várias aplicações: um avatar de Pedro Álvarez Cabral falando sobre as grandes navegações ou, para os alunos de medicina, a visão do corpo humano, dos órgãos e dos efeitos causados pelas doenças antes da primeira aula de anatomia”, exemplifica.

Outras aplicações também focam na educação, como a dispensa da conferência, pelo professor, da presença dos alunos ou o uso de câmeras 360° para mais aulas interativas no Ensino a Distância (EAD). Entre as possibilidades, o videomonitoramento pode utilizar a rede 5G e ser aplicado para a segurança das pessoas e do patrimônio.

O Presidente Executivo da TelComp, Luiz Henrique Barbosa da Silva, acredita que o setor está criando um ecossistema de empresas especializadas em redes privativas. “Quando se forma um hub com essa expertise, as soluções começam a ser identificadas em outros negócios”, avalia Luiz Henrique.

O CPQD, por exemplo, participou de uma iniciativa para um grande produtor de açúcar e álcool que construiu uma rede privativa com seis torres distribuídas ao redor da propriedade. A partir do monitoramento em tempo real das operações, por meio do Centro de Operações Agrícolas (COA) e da conectividade 4G, reduziu-se entre R$2 e R$3 o custo de produção por tonelada de cana colhida. A empresa tem capacidade de produzir 24 milhões de toneladas por safra. “A redução pagou o investimento em menos de um ano”, explica Lima.

Outra aplicação com rede privativa levou drones para plataformas de extração de petróleo em alto mar. O sobrevoo dos drones é capaz de fazer a verificação da estrutura da plataforma marítima, com o equipamento sendo operado à distância, no continente. Antes dos drones, essa verificação era feita pelos profissionais na plataforma. O uso do equipamento elimina custos de deslocamentos e riscos de acidente de trabalho.

As vantagens do uso de redes privativas adequam-se à singularidade de cada plano de negócios. O investimento começa a se aproximar dos custos das redes Wi-Fi corporativas, analisam os especialistas do CPQD. As vantagens vão além da conectividade: permitem aplicações específicas, oferecem baixa latência, robustez e resiliência, destaca Lima. “Vale lembrar o requisito da segurança cibernética, que é essencial em diferentes situações”, finaliza. 

Próximo de completar 50 anos, o Centro de Pesquisa mantém o foco na busca por inovação para o mercado de telecomunicações e passou, também, a abranger a área da tecnologia da informação.