TelComp no Futurecom 2023: a Associação participou ativamente em painéis no evento que recebeu 32 mil visitantes

A 23ª edição do Futurecom, que aconteceu entre os dias 3 e 5 de outubro, recebeu um público de 32 mil visitantes. Os destaques da programação foram as discussões sobre o crescimento do setor de telecomunicações no Brasil. Além de um estande para receber as Associadas, a TelComp esteve presente em painéis importantes.

O primeiro deles, realizado no dia 3, colocou em debate um dos principais temas deste ano do setor: “Fair Share, Net Fee, Cost Recovery ou Senders-Pay Initiative: a busca pelo novo equilíbrio para a racionalização do uso das redes”. O Conselheiro da TelComp e CEO do Grupo DATORA, Tomas Fuchs, foi um dos palestrantes e defendeu a necessidade de retorno do investimento, tendo em vista a demanda cada vez maior de banda larga para a usabilidade das OTTs. “É preciso haver retorno do investimento realizado em infraestrutura, que permita o acesso a essas plataformas”, defendeu Fuchs.

No dia 4, a Gerente Regulatório e Jurídico da TelComp, Amanda Ferreira, participou do painel intitulado “Cibersegurança para o consumidor final e o papel social da Telecom”. 
Amanda defendeu a necessidade da cooperação entre os atores que compõem o setor, como forma de melhorar a segurança das empresas e, consequentemente, dos consumidores. 

A Gerente também chamou a atenção para o projeto de autorregulação promovido pela TelComp, para engajar as Associadas sobre o tema da Segurança Cibernética. “As PPPs são dispensadas de cumprirem certas obrigações, justamente por esse motivo estamos empenhados no processo de autorregulação, já em andamento. Entendemos que o tema é vital do ponto de vista da segurança em si, da competitividade e, é claro, da melhor prestação de serviços para os clientes das empresas”.

No mesmo dia, o Presidente Executivo da TelComp, Luiz Henrique Barbosa da Silva, foi um dos participantes no painel “O futuro do setor de fibra e banda larga no Brasil”. Questionado sobre os desafios da banda larga no Brasil, Barbosa lembrou que o País possui várias assimetrias que precisam ser equacionadas para garantir o crescimento da fibra. Há soluções que passam pelo mercado, há soluções que passam por regulação”, enfatizou.

“O Brasil é referência mundial em banda larga fixa. Para que isso ocorresse, foi necessária a adoção de uma política pública fiscal, do fomento de mercado, de fiscalização, entre outros requisitos. Ainda existe espaço para o mercado de banda larga fixa crescer no Brasil. São diversas as soluções e caminhos que teremos que tomar para dar continuidade a essa expansão”, completou.

Luiz Henrique Barbosa participou, ainda, do painel “Usos de frequência do 5G, as novas entrantes, as decisões e os desdobramentos em torno dos 700 MHz”.

Em sua fala, o Presidente chamou a atenção para a complexidade que envolve as operações em torno das telecomunicações e da necessidade de que as definições sejam pautadas pela competição e pelo retorno do negócio. “Precisamos entender a questão estrutural do mercado, regulamentos e remédios, a discussão dos contratos, como no caso do 700 MHz. Existem remédios conjunturais que devem ser aplicados para garantir esse equilíbrio no mercado”, defendeu.